Discriminação e Preconceito!
Depois de um longo tempo afastada desse espaço, volto para falar de um assunto que me magoou profundamente hoje. Como mulher me senti violentada na alma com a entrevista de um jogador da Seleção Brasileira, chamado Felipe Melo.
Em pouco tempo serei uma Assistente Social graduada. Pretendo atuar na área da violência familiar, mas especificamente: Violência contra a mulher.
Violência em seu significado mais frequente, quer dizer uso da força física, psicológica ou intelectual.
O infeliz deu a seguinte declaração:
“… a bola é igual a mulher de malandro: Você chuta e ela continua ali. Essa de agora é igual patricinha, que não quer ser chutada de jeito nenhum.”
Dá para comentar uma declaração dessas? Eu consigo apenas lamentar uma entrevista extremamente machista, primeiro pelas carasterísticas dadas a mulher ( mulher de malandro e mulher patrícia), e segundo pela referência a violência.
Quero que esse cidadão asqueroso saiba que eu como mulher não quero, não tolero e não aceito ser” chutada” em hipótese alguma, ( deixo claro aqui que abomino os termos por ele usados e falo como MULHER na acepção da palavra) e que também tomo a liberdade de falar em nome de todas as mulheres do mundo.
Inclusive, Felipe Melo o termo usado por você “ser chutada” caracteriza-se crime de violência física.
A cada 15 minutos uma mulher é agredida covardemente no Brasil. Pessoas públicas como esse homem tem que analisar bem o que fala em suas entrevistas, pois o preconceito é notório em suas palavras.
Infelizmente a partir de homens como você é que a maioria das mulheres passaram a serem tratadas como propriedade e se viram obrigadas a restringir sua vida.
Na Constituição Federal de 1988 o art 3º indica como um de seus objetivos fundamentais promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discrinação. No art. 5º diz que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
Que haja uma retratação pública, pois, citações como essa estão estampadas todos os dias na mídia e se não lutarmos por nossos direitos o silêncio continuará imperando.
A esse senhor vai a minha indignação…
Iza Lima